As perspectivas da desospitalização no Brasil e a assistência humanizada como coadjuvante neste processo: uma revisão de literatura
DOI:
https://doi.org/10.26849/bts.v47i2.882Palavras-chave:
alta hospitalar, desinstitucionalização, continuidade da assistência ao paciente, fisioterapiaResumo
A desospitalização é o termo utilizado para a saída do paciente do ambiente hospitalar para continuar recebendo cuidados de saúde em outro ambiente, e demonstra ser uma estratégia segura, que traz inúmeros benefícios, como redução do risco de infecção hospitalar, sempre por meio de uma assistência humanizada e com acompanhamento de equipe multiprofissional. O objetivo foi analisar as evidências
disponíveis na literatura sobre as perspectivas de desospitalização no Brasil no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), bem como a importância da assistência humanizada nesse processo. Para tanto, utilizou-se como metodologia a revisão narrativa, analisando artigos científicos acerca do tema entre 2009 e 2019 nos idiomas português e inglês, pesquisados nas bases de dados PubMed, LILACS e SciELO. Conclui-se que o processo de desospitalização deve ser individualizado, e as condutas dos profissionais delimitadas por um plano terapêutico direcionado para a assistência domiciliar, com aproximação entre profissionais da equipe multiprofissional e a família, promovendo orientações e treinamentos.
Downloads
Referências
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Caderno de atenção domiciliar. Vol. 1. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2012.
ALENCAR, VA. Contribuições da internação domiciliar em promover a desospitalização e prevenir a reospitalização no âmbito do SUS. 2013. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) — Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2013.
ATALLAH, A. N.; CASTRO, Al A. Revisão sistemática da literatura e metanálise: a melhor forma de evidência para tomada de decisão em saúde ea maneira mais rápida de atualização terapêutica [Acesso em 2021 maio 15]. British Journal of Oral Surgery, v. 20, p. 183-91, 1982.
BÔAS, Lígia Marques Vilas; DALTRO, Mônica Ramos; GARCIA, Carolina Pedroza; MENEZES, Marta Silva. Educação médica: desafio da humanização na formação. Saúde em Redes, Porto Alegre, v. 3, n. 2, p. 172-182, 2017.
BONTEMPO, Bruna Gracieli; TAGLIETTI, Marcelo. Humanização da assistência de fisioterapia no pós-operatório de cirurgia bariátrica. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, São Paulo, v. 11, n. 66, p. 479-486, 2017.
BORGES, Juliana Bassalobre Carvalho; CARVALHO, Sebastião Marcos Ribeiro de; SILVA, Marcos Augusto de Moraes. Qualidade do serviço prestado aos pacientes de cirurgia cardíaca do Sistema Único de Saúde-SUS. Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, São Paulo, v. 25, n. 2, p. 172-182, 2010.
BRAGA, Sonia Faria Mendes et al. As políticas públicas para os idosos no Brasil: a cidadania no envelhecimento. Diálogos Interdisciplinares,[Mogi das Cruzes], v. 5, n. 3, p. 94-112, 2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.527, de 27 de outubro de 2011. Redefine a Atenção Domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Brasília, DF: Ministério da Saúde, 28 out. 2011. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2527_27_10_2011.html. Acesso em: 25 out. 2021.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 825, de 25 de abril de 2016. Redefine a Atenção Domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e atualiza as equipes habilitadas. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, v. 153, n. 78, p. 33-38, 26 abr. 2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 963, de 27 de maio de 2013. Redefine a Atenção Domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Brasília, DF: Ministério da Saúde, 28 maio 2013. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0963_27_05_2013.html. Acesso em: 25 out. 2021.
CALDEIRA, Antônio Prates et al. Internações pediátricas por condições sensíveis a atenção primária em Montes Claros, Minas Gerais, Brasil. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, Recife, v. 11, n. 1, p. 61-67, 2011.
CARDOSO, Maria Lúcia de Macedo Cardoso et al. A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde nas Escolas de Saúde Pública: reflexões a partir da prática. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 22, n. 1, p. 1489-1500, 2017.
CORDEIRO, Alexander Magno et al. Revisão Sistemática: uma revisão narrativa. Comunicação Científica, n. 34, v. 6, p. 428-231, 2007.
EVANGELISTA, Márcia Soares et al. Definição de dados essenciais para software que sinalizará condições de desospitalização para a internação no domicílio. RECIIS – Revista Eletrônica de Comunicação, Informação & Inovação em Saúde, Rio de Janeiro, v. 9, n. 3, p. 1-13, 2015.
GUEDES, Maria Vilani Cavalcante; HENRIQUES, Ana Ciléia Pinto Teixeira; LIMA, Morgama Mara Nogueira. Acolhimento em um serviço de emergência: percepção dos usuários. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, DF, v. 66, n. 1, p. 31-37, 2013.
IGNACIO, Denise Sarreta. Alta hospitalar responsável: em busca da continuidade do cuidado para pacientes em cuidados paliativos no domicílio, uma revisão integrativa. 2017. Dissertação (Mestrado Profissional em Tecnologia e Inovação em Enfermagem) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017.
JESUS, Giscilene Magalhães Agustinho de. Desospitalização no âmbito público: análise de desospitalização no hospital Pronto Socorro João XXIII. 2017. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização) – Fundação João Pinheiro, Belo Horizonte, 2017.
LAGO, Diane Maria Scherer Kuhn et al. Sobrecarga física e psicológica dos cuidadores de pacientes internados em domicílio. Revista de Enfermagem UFPE online, Recife, v. 9, p. 319-326, jan. 2015. Suplemento 1. Disponível em: http://www.revista.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/viewFile/5384/pdf_7070. Acessoem: 25 out. 2021.
MACHADO, Aline dos Santos et al. Effects that passive cycling exercise have on muscle strength, duration of mechanical ventilation, and length of hospital stay in critically ill patients: a randomized clinical trial. Jornal Brasileiro de Pneumologia, Brasília, DF, v. 43, n. 2, p. 134, 139, 2017.
MAGALHÃES, Simone Gomes da Silva; SILVA, Janainna Sther Leite Godinho. Cuidado humanizado na unidade de terapia intensiva neonatal. Revista Pró-UniverSUS, [s. l.], v. 10, n. 1, p. 129-132, 2019.
MATOS, Madson da Silva. A formação do profissional fisioterapeuta para a atuação no Sistema Único de Saúde: como fica a promoção da saúde?. 2018. Dissertação (Mestrado Profissional em Educação Profissional em Saúde) – Fundação Oswaldo Cruz. Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Rio de Janeiro, 2018.
MONDARORI, AléxiaGabrielly. Humanização da fisioterapia em Unidade de Terapia Intensiva Adulto: estudo transversal. Fisioterapia e Pesquisa, [s. l.], v. 23, n. 3, p. 294-300, 2016.
MUTOU, Fernanda Mayumi Lourenço. A humanização na fisioterapia: uma revisão sistemática. Revista Científica UMC, Mogi das Cruzes, SP, v. 4, n. 1, p. 345-365, 2019.
NISHIMOTO, Corina Lemos Jamal; DUARTE, Elysângela Dittz. A organização familiar para o cuidado à criança em condição egressa da unidade de terapia intensiva neonatal. Texto & Contexto Enfermagem, Florianópolis, v. 23, n. 2, p. 318-327, 2014.
OLIVEIRA NETO, Aristides Vitorino de; DIAS, Mariana Borges. Atenção Domiciliar no Sistema Único de Saúde (SUS): o que representou o Programa Melhor em Casa? Divulgação em Saúde para Debate, Rio de Janeiro, v. 51, n. 1, p. 58-71, 2014.
OLIVEIRA, StefanieGriebeleret al. Enunciados sobre a atenção domiciliar no cenário mundial: revisão narrativa. Enfermagem Global, [s. l.], n. 39, p. 375-389, jul. 2015.
SANCHES, Rafaely de Cassia Nogueira et al. Percepções de profissionais de saúde sobre a humanização em unidade de terapia intensiva adulto. Escola Anna Nery, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1, p. 48-54, 2016.
SANTUZZI, Cíntia Helena et al. Aspectos éticos e humanizados da fisioterapia na UTI: uma revisão sistemática. Fisioterapia em Movimento, [s. l.], v. 26, n. 2, p. 415-422, 2013.
SAVASSI, Leonardo Cançado Monteiro. Os atuais desafios da atenção domiciliar na atenção primária à saúde: uma análise na perspectiva do Sistema Único de Saúde. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, Rio de Janeiro, v. 11, n. 38, p. 1-12,2016.
SAWYER, Michael Gifford et al. Nurse perceptions of family home-visiting programmes in Australia and England. Journal Paediatrics Child Health, [s. l.], v. 49, n. 5, p. 369-374, 2013.
SERAFIM, Alexandre Peixoto. RIBEIRO, Rubens Antônio Bento. Internação domiciliar no SUS: breve histórico e desafios sobre sua implementação no Distrito Federal. Comunicação em Ciências da Saúde, [s. l.], v. 22, n. 2, p. 163-168, 2011.
SILVA, Alessandra Silva da et al. Percepções e mudanças na qualidade de vida de pacientes submetidos à hemodiálise. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, DF, v. 64, n. 5, p. 839-844, 2011.
SOBREIRA, Fernando Augusto Gomes; ABILIO, Elenita Sureke; ORTIZ, Camila Cristina Lescano. Os pontos de aglutinação entre a psicologia e a política nacional de humanização. Saúde em Redes, [Porto Alegre], v. 2, n. 2, p. 227-233, 2016.
SOUZA, Isabela Cata-Preta. Perfil de pacientes dependentes hospitalizados e cuidadores familiares: conhecimento e preparo para as práticas do cuidado domiciliar. Revista Mineira de Enfermagem, [Belo Horizonte], v. 18, n. 1, p. 164-172, 2014.
TOCCI, Amanda Simone Sebastião; COSTA, Elaine Cristina Nunes Fagundes. A gestão em saúde após a política nacional de humanização no sistema único de saúde – SUS. Revista Uningá, Maringá, v. 40, n. 1, p. 197-206, 2014.
VARGAS, Márcio Rogério. Qualidade na prestação dos serviços: um estudo sobre a percepção de usuários dos serviços da Associação Hospitalar Tucunduva e Novo Machado. 2013. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel em Administração) – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Santa Rosa, 2013.
VASCONCELOS Juliana Festa de et al. Desospitalização para cuidado domiciliar: impactos clínico e econômico da linezolida. Jornal Brasileiro de Economia da Saúde, [s. l.], v. 7, n. 2, p. 110-115, 2015.
VILA, Vanessa da Silva Carvalho; ROSSI, Lídia Aparecida. O significado cultural do cuidado humanizado em unidade de terapia intensiva. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, DF,v. 55, n. 2,p. 224, 2018.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Compromisso de Disponibilização dos Trabalhos em Licença Creative Commons
O Boletim Técnico do Senac será disponibilizado por meio da licença BY NC, de forma gratuita e sem fins comerciais.
Em vista disso, ao submeter seus trabalhos para avaliação, os autores se comprometem a providenciarem a disponibilização de seus trabalhos pela licença Creative Commons BY NC junto ao website <https://br.creativecommons.org>, dispensando, assim, a necessidade da assinatura de qualquer documento ou contrato com o Senac para regular a disponibilização de seus trabalhos no Boletim Técnico do Senac.
O(s) autor(es)declaram, ainda, que reconhecem o Boletim Técnico do Senac como periódico eletrônico de acesso livre, cujas Políticas e Diretrizes para Autores estão à disposição para conhecimento em seu sítio oficial na web, a saber – www.bts.senac.br – e que as mesmas podem ser modificadas a qualquer tempo, ficando imediatamente qualquer nova condição publicada on-line.
